Meditações Diárias 2014 – 18 de abril
Tornou Pilatos a entrar no pretório, chamou Jesus e perguntou-Lhe: És Tu o rei dos judeus? João 18:33
Educado por Roma, Pilatos era um homem que pensava de modo prático. Tudo o que ele queria era uma resposta simples. Preto no branco, breve. Do estilo verdadeiro ou falso. Não posso deixar de pensar que Pilatos estava estarrecido. À sua frente, encontrava-se Jesus, enfraquecido pela noite anterior de abusos, lábios inchados, marcados por sangue ressecado. Desacompanhado, sem qualquer comitiva em Seu favor. Certamente não havia nada nEle que parecesse real. Ridicularizado, coroado com espinhos, com filetes de sangue vivo ainda a escorrer, uma jocosa capa vermelha, Sua posição não parecia adequada a um rei. Mas o Homem intrigava o procurador.
Os olhos de Pilatos haviam sido treinados pelo que já vira acerca de reis. Mas a experiência passada não o havia preparado para Jesus. Ele sabia apenas de reis mantidos pelo sangue e pela espada. Um rei sem aparente poder não fazia sentido para Pilatos. Sem dúvida, ele estava familiarizado com a saga de assassinatos e traições que caracterizava Herodes e seus sucessores. Ele deveria conhecer melhor ainda Tibério César, que não hesitara em mandar matar seus rivais. A história dos césares que haviam precedido Tibério deveria ser familiar a Pilatos. É nesse contexto que ele pergunta se Jesus é um rei.
Diante dessa realidade, não poderia haver resposta simples que não produzisse mal-entendido ainda maior acerca da verdade. Muito preconceito deveria ser antes removido da cabeça de Pilatos. Jesus testou o homem que o julgava: “Essa pergunta é tua, ou outros te falaram a Meu respeito?” (v. 34, NVI). Embaraçado, Pilatos mudou de estratégia. “Que fizeste?”, ele perguntou (v. 35). A resposta de Jesus o deixou ainda mais perplexo: “O Meu reino não é deste mundo. Se o Meu reino fosse deste mundo, os Meus ministros se empenhariam por Mim, para que não fosse Eu entregue aos judeus” (v. 36). “Meu reino não é deste mundo!” Não há nenhum domínio para ser protegido. Nenhuma fronteira para ser guardada. Nenhum exército a ser treinado. Nenhuma submissão a ser imposta. Um reino sem coerção. Este é o reino de Cristo. Este é o reino da graça!
Jesus desmente a ideia de que o poder começa no final do cano de uma arma, com a ponta de uma espada ou com imposições. Para Ele, o poder vem pela submissão a Deus. De fato, nos lábios de Cristo, o reino de Deus não é primariamente um lugar, mas um relacionamento com a pessoa do Rei.
Tornou Pilatos a entrar no pretório, chamou Jesus e perguntou-Lhe: És Tu o rei dos judeus? João 18:33
Educado por Roma, Pilatos era um homem que pensava de modo prático. Tudo o que ele queria era uma resposta simples. Preto no branco, breve. Do estilo verdadeiro ou falso. Não posso deixar de pensar que Pilatos estava estarrecido. À sua frente, encontrava-se Jesus, enfraquecido pela noite anterior de abusos, lábios inchados, marcados por sangue ressecado. Desacompanhado, sem qualquer comitiva em Seu favor. Certamente não havia nada nEle que parecesse real. Ridicularizado, coroado com espinhos, com filetes de sangue vivo ainda a escorrer, uma jocosa capa vermelha, Sua posição não parecia adequada a um rei. Mas o Homem intrigava o procurador.
Os olhos de Pilatos haviam sido treinados pelo que já vira acerca de reis. Mas a experiência passada não o havia preparado para Jesus. Ele sabia apenas de reis mantidos pelo sangue e pela espada. Um rei sem aparente poder não fazia sentido para Pilatos. Sem dúvida, ele estava familiarizado com a saga de assassinatos e traições que caracterizava Herodes e seus sucessores. Ele deveria conhecer melhor ainda Tibério César, que não hesitara em mandar matar seus rivais. A história dos césares que haviam precedido Tibério deveria ser familiar a Pilatos. É nesse contexto que ele pergunta se Jesus é um rei.
Diante dessa realidade, não poderia haver resposta simples que não produzisse mal-entendido ainda maior acerca da verdade. Muito preconceito deveria ser antes removido da cabeça de Pilatos. Jesus testou o homem que o julgava: “Essa pergunta é tua, ou outros te falaram a Meu respeito?” (v. 34, NVI). Embaraçado, Pilatos mudou de estratégia. “Que fizeste?”, ele perguntou (v. 35). A resposta de Jesus o deixou ainda mais perplexo: “O Meu reino não é deste mundo. Se o Meu reino fosse deste mundo, os Meus ministros se empenhariam por Mim, para que não fosse Eu entregue aos judeus” (v. 36). “Meu reino não é deste mundo!” Não há nenhum domínio para ser protegido. Nenhuma fronteira para ser guardada. Nenhum exército a ser treinado. Nenhuma submissão a ser imposta. Um reino sem coerção. Este é o reino de Cristo. Este é o reino da graça!
Jesus desmente a ideia de que o poder começa no final do cano de uma arma, com a ponta de uma espada ou com imposições. Para Ele, o poder vem pela submissão a Deus. De fato, nos lábios de Cristo, o reino de Deus não é primariamente um lugar, mas um relacionamento com a pessoa do Rei.
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