Como é Deus
Meditações Diárias 2014 – 22 de maio – Ligado na Videira
Entretanto, era preciso que nos regozijássemos e nos alegrássemos, porque esse teu irmão estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado. Lucas 15:32
Nossas definições de Deus, na maioria das vezes, falam mais de nós mesmos do que de Deus. Não raro, elas interpretam mal a Deus. Em Lucas 15, Jesus conta três parábolas em resposta à acusação que Lhe é feita: “Este recebe pecadores” (Lc 15:2). Assim, Ele subverte a doutrina de Deus da teologia farisaica. Segundo Jesus, Deus não exige reforma e santificação como condição para aceitar os que O buscam. Ele não espera transformação moral nem mesmo nosso arrependimento para nos receber.
Isso lhe parece ofensivo? Observe as palavras de Ellen White: “Os judeus ensinavam que o pecador devia arrepender-se antes de lhe ser oferecido o amor de Deus. [...] Conforme sua suposição, [Jesus] não devia permitir que pessoa alguma a Ele se achegasse sem se ter arrependido. [...] Cristo ensina que a salvação não é alcançada por procurarmos a Deus, mas porque Deus nos procura” (Parábolas de Jesus, p. 189). Arrependimento, santificação e reforma não são a base da aceitação por Deus, mas o resultado dela.
Em comovente simplicidade, Jesus descreve como é Deus, Sua bondade, Sua graça e infinita misericórdia. Esse é o Deus a quem Jesus representou. O Deus que recebe os envergonhados, cegos, leprosos, surdos e imundos. Que não nega a culpa, mas perdoa e cura. Querido amigo, encontra-se você no “país distante”? Sua jornada parece ter chegado ao fim, numa viela aparentemente sem saída? Está você desanimado, deprimido pelos descaminhos da vida que o levaram a viver longe do Pai, imaginando que não há esperança para seu caso? Aqui está o Deus que Jesus veio revelar. Aquele que “justifica o ímpio” (Rm 4:5). Ele purifica e restaura. Não apenas nos ofereceu roupas de puro linho, mas “deu o Seu filho unigênito, para que todo o que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16).
Aqui está o Deus do evangelho, que celebra e Se regozija com a volta dos perdidos. Corre ao encontro deles. Estende Seus braços eternos para recebê-los e abraçá-los. Esse Deus não coloca nenhum obstáculo aos que retornam. Agora mesmo, pode torná-lo nova criatura, um novo homem ou uma nova mulher. Ele pode dizer-lhe neste mesmo instante, com júbilo que invade o Universo: “Bem-vindo ao lar, meu querido. Estava esperando você!”
O Irmão Mais Velho – 1 – Meditações Diárias 2014 – 23 de maio – Ligado na Videira
Mas ele respondeu a seu pai: Há tantos anos que te sirvo sem jamais transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito sequer para alegrar-me com os meus amigos. Lucas 15:29
Devemos notar que o irmão mais velho é parte importante da parábola de Jesus. No primeiro nível, ele reflete a atitude dos murmuradores fariseus, a audiência primária, para quem a graça divina oferecida aos “publicanos e pecadores” é um desperdício. Em um nível mais profundo, o filho mais velho representa um grupo que está mais perto de nós: as vítimas do legalismo, os “perfeitos”, marcados por complexo de superioridade.
Traços de seu caráter começam a aparecer nas entrelinhas da narrativa. O texto diz que o pai “repartiu os bens entre os dois” (Lc 15:12, NTLH). Será que ele também recebeu sua parte? Na cultura oriental, se esperaria que o filho mais velho reagisse à demanda de seu irmão e rejeitasse qualquer participação nela. Mas seu silêncio indica que suas relações com o pai não eram as melhores. Além disso, se esperaria que ele entrasse verbalmente na história e assumisse o tradicional papel de conciliador. É na última cena, contudo, que sua máscara cai. Ao chegar em casa e ouvir o som da celebração, ele não procura o pai para ter uma explicação. Ele fala com os servos (v. 25, 26). Qualquer filho normalmente entraria em casa para alegrar-se com o pai. As dificuldades seriam resolvidas depois.
O filho mais velho é um emblema daqueles que estão distantes, embora dentro de casa. Ele humilha e desacata publicamente seu pai, que, saindo, procura “conciliá-lo” (v. 28). O filho mais velho faz apenas queixas. Não usa nenhum título de tratamento respeitoso (v. 29, 30). Ele demonstra o espírito de um escravo: “Tenho trabalhado há tantos anos e nunca recebi um cabrito” em pagamento para “alegrar-me com meus amigos”. Sua comunidade emocional está fora da família. Ele ainda insulta seu pai, afirmando nunca ter transgredido seus mandamentos. Contudo, viola o mandamento da honra devida aos pais. Ele se limita a tratar seu irmão como “esse teu filho”, negando assim qualquer relacionamento com o irmão e com o pai. Ele acusa o irmão de gastar os bens com meretrizes. Como ele sabe? Provavelmente é o que ele teria feito. A diferença entre ele e o irmão mais novo é que, enquanto aquele é um “pecador confesso”, ele é “um santo hipócrita”. Tal doença é de cura mais difícil.
O Irmão Mais Velho – 2 – Meditações Diárias 2014 – 24 de maio – Ligado na Videira
Vindo, porém, esse teu filho, que desperdiçou os teus bens com meretrizes, tu mandaste matar para ele o novilho cevado. Lucas 15:30
O discurso do irmão mais velho, na parábola do filho pródigo, é o extravasar de rancor e rebelião reprimidos. A festa, a essa altura, havia parado. A música e a dança tinham cessado. Pesado silêncio paira no ar. Os convidados esperam uma violenta reação paterna. Contudo, pela segunda vez no dia, o pai se humilha. Sua resposta explode em profunda paciência. Ele poderia silenciar o filho e fazê-lo entrar. Se necessário com a ajuda de alguns servos, caso sua autoridade não fosse suficiente.
Mas o pai esquece a omissão de um tratamento respeitoso, a amargura, a arrogância, o insulto, a distorção dos fatos e as acusações injustas. Ao contrário, não há nenhuma crítica ou rejeição em sua resposta. Em agudo contraste, ele inicia com um título afetivo e conciliatório: “filho”. Esse pai ansiou ter os dois filhos em casa na sua festa de celebração. Ele afirma que os direitos de seu filho mais velho estão plenamente garantidos, mesmo quando a graça foi estendida ao pródigo. O pai garante: “Tudo o que é meu é teu” (Lc 15:31). “O retorno do irmão não afeta em nada sua posição.” Gentilmente, o pai o lembra de que o pródigo é seu irmão, e, por isso, ele deveria agir como membro da família.
A inesperada oferta de amor diante do ato de pública humilhação tem sua contrapartida na cruz. O Deus descrito por Jesus na parábola transcende a divindade mesquinha, vingativa e autoritária que é fruto de nossa criação. O Deus de Jesus não necessita possuir nada, nem controlar ninguém. O que Ele tem Ele oferece. Para Ele, a única resposta satisfatória é aquela que brota do amor. O irônico na parábola é que, quando a cortina desce sobre o drama, o filho mais novo, que estava fora, termina dentro da casa do pai. O mais velho, que pretendia estar dentro, permanece fora. O filho mais novo, o “mau caráter” da narrativa, entra na festa de seu pai, enquanto o “bom”, o “santo”, permanece fora, alienado.
Essa é uma séria advertência às vítimas do legalismo, os que estão fora da lei enquanto pretendem guardá-la, os que se julgam “muito bons”. Membros da igreja com a “síndrome do irmão mais velho”, justos e superiores aos próprios olhos, correm o risco de serem apenas escravos de seu personagem, sem serem pessoas autênticas. Eles se esquecem de que, perante Deus, “o que fazemos” é menos importante do que o motivo “por que fazemos”.
Admitir a Doença é Fundamental Para a Cura – Meditações Diárias 2014 – 25 de maio – Ligado na Videira
Pois assim como, por uma só ofensa, veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também, por um só ato de justiça, veio a graça sobre todos os homens para a justificação que dá vida. Romanos 5:18
Se a primeira verdade que aprendemos nas Escrituras a respeito do homem é que ele é um ser criado por Deus (Gn 1:26-28), a segunda verdade fundamental acerca do ser criado é que ele, pela entrada do pecado, alienou-se do Criador (Gn 3:5). Em consequência da queda, toda a posteridade de Adão herdou os resultados de seu pecado e a inclinação pecaminosa. As Escrituras afirmam que Adão foi criado à “semelhança de Deus” (Gn 5:1, 2), mas Adão gerou filhos “à sua semelhança, conforme a sua imagem” (Gn 5:3). Tal ruptura entre o homem e Deus não é uma ilusão ou mito. Não pode ser desconsiderada por qualquer ginástica psicológica. A queda, em sua enorme abrangência, envolveu todos os homens.
A humanidade tornou-se como um rio poluído em sua fonte. Os pecadores não são meramente pessoas que deixam de fazer o que é certo. Eles se tornaram inimigos, colocando seus esforços na direção oposta a Deus. Estão no campo adversário. Desde a queda, o homem natural não pode pensar direito, sentir direito, ver direito nem agir direito. O pecado perverteu e desorganizou toda a raça. Do ponto de vista humano, o pecado é incurável, com o agravante de que ele é o único tipo de enfermidade que leva a vítima a fugir do Médico.
O ser humano tornou-se como um navio cujo leme está fixo, amarrado no ângulo errado. Esta desordem moral e espiritual cobre toda a história humana, sendo perpetuada e expandida em cada geração. Não importa quão ignorantes as pessoas sejam, elas sempre sabem como pecar. Universalmente, os homens “são filhos da ira” (Ef 2:3), “filhos da desobediência” (Ef 5:6). Estão “mortos” em “delitos” (Ef 2:5).
Mas “onde abundou o pecado, superabundou a graça” (Rm 5:20). Se, em Adão, todos fomos expulsos do Éden e morremos; em Cristo, fomos resgatados e reconduzidos ao paraíso. Deus seja louvado por isso!
Em Cristo, pela justificação, somos livres da culpa do pecado; pela santificação, livres do poder do pecado; na glorificação, seremos libertos da presença do pecado. Em sentido final e absoluto, o pecado realmente não tem existência própria, porque não foi criado por Deus. Ele há de desaparecer assim como uma sombra desaparece na presença da plenitude de luz.
Jesus Cristo, Nosso Substituto – Meditações Diárias 2014 – 26 de maio – Ligado na Videira
Aquele que não conheceu pecado, Ele o fez pecado por nós; para que, nEle, fôssemos feitos justiça de Deus. 2 Coríntios 5:21
Esse é o meu texto preferido das Escrituras. Nele encontramos um sumário da doutrina da salvação. Encenações sobre a paixão de Jesus, filmes sobre esse tema ou mesmo milhares de sermões erradamente colocam toda ênfase nos sofrimentos físicos de Cristo, como se esse fosse o elemento central da cruz. A agonia experimentada por Jesus não tem que ver primariamente com mera tortura física. Jesus Cristo morreu na cruz, mas não da cruz. Ele agonizou e morreu sob a condenação do pecado. Sobre Ele, como nosso substituto, foi colocado todo o pecado da humanidade.
O salário do pecado é a morte (Rm 6:23), morte eterna. Jesus pendeu na cruz como nosso substituto. Ele recebeu a condenação que merecíamos. Ele sofreu os horrores da segunda morte sozinho, abandonado por Deus, declarado pecado por nós. Ele experimentou aquilo que os pecadores perdidos e os demônios vão experimentar afinal. Na queda, Adão, o nosso representante, condenou a todos. “Por uma só ofensa, veio o juízo sobre todos” (Rm 5:18). Isso significa morte e condenação. No primeiro Adão, fomos infectados, expulsos do Éden, e a morte passou a todos (Rm 5:12). Mas Jesus Cristo é nosso substituto. Substituição não significa transferência do caráter moral do pecado para Ele. Não significa que Jesus se tornou moralmente pecaminoso ou culpado. Jesus é declarado pecado. O que isso significa é que a sentença do pecador é cancelada, porque a dívida foi atribuída a Cristo e paga por Ele. Ao ser declarado pecado, Jesus tinha pecado sobre Ele, mas não nEle. Da mesma forma, quando O aceitamos e somos declarados justos, temos justiça sobre nós, mas não em nós.
A Ele é atribuído o pecado de todos. Isso é o que parte Seu coração, em horror e agonia. Como já vimos, quando você O vê sangrando, despido e abandonado na cruz, e pergunta “quem é Esse?”, é tentado a responder: “Esse é o Filho de Deus.” Mas essa resposta é um engano. Na realidade, ali está você, na pessoa de Seu representante. Na cruz, Cristo tem nossa face. Os espinhos, símbolo de maldição (Gn 3:18), colocados sobre Ele, na forma de uma coroa, representam a maldição que nos pertencia. Mas isso não é tudo: Ele morreu pelo pecado, para que nós, pelo Seu poder, possamos morrer para o pecado e viver para Ele.
Desanimado? – Meditações Diárias 2014 – 27 de maio – Ligado na Videira
Irmãos, reparai, pois, na vossa vocação; visto que não foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento. 1 Coríntios 1:26
Você está desanimado por sentir-se inadequado e incapaz para os propósitos de Deus em sua vida? Antes de desistir, pense na história das pessoas a seguir.
José era um sonhador inicialmente visto como um alienado. Moisés era “pesado de língua”. Davi não se ajustava à sua armadura. Abraão era muito velho. Miriã, dada à fofoca. Arão era muito tímido. Lucas não era da linhagem de Israel. Pedro era temperamental, agressivo, disfuncional e, às vezes, medroso. João gostava de resolver as coisas na base de “raios e trovões”. Noemi era viúva, além de amarga. Rute não tinha o pedigree adequado. Paulo tinha o gênio difícil. Jonas fugiu da missão. Marta era muito ocupada com os periféricos. Gideão e Tomé duvidavam diante das evidências. Salomão, às vezes, não vivia o que pregava. Marcos desistiu no meio de uma jornada missionária. Elias sofria de depressão e fugiu de uma mulher. Jeremias era muito negativo. Onésimo, além de escravo, era fugitivo. Zaqueu era desonesto. Timóteo, além de muito jovem, sofria de úlcera no estômago.
E Judas? Será que ele foi muito pior do que Pedro? Na noite em que Pedro também traiu a Jesus, facilmente teríamos dois suicidas, não fosse o olhar redentor da graça, voltado para ele. Qual a diferença entre Judas e Pedro? Judas não era íntegro. Resolveu se excluir, embora certamente houvesse perdão também para ele. Mesmo depois do beijo traidor, Jesus o chama de “amigo” (Mt 26:50), na tentativa de fazê-lo pensar e cair em si.
Não mencionei que Moisés também tinha o “estopim curto” e gostava de apresentar desculpas para se omitir ao chamado divino. E o que falar de Davi, com seu duplamente qualificado fracasso moral? A galeria dos “heróis” da fé é enorme. Contudo, diferentemente de outros “patrões”, o Senhor está mais interessado em sua disponibilidade do que em sua habilidade ou inabilidade. Afinal, se você se identifica com alguns desses “improváveis” da lista, lembre-se: Deus pode perdoar e habilitar você. Se Ele pôde usar esses “disfuncionais”, poderá usar você também.
Cego de Um Olho e Surdo de Um Ouvido – Meditações Diárias 2014 – 28 de maio – Ligado na Videira
Acima de tudo isto, porém, esteja o amor, que é o vínculo da perfeição. Colossenses 3:14
Conflitos, desentendimentos e desarmonias entre as pessoas estarão conosco no lar, na igreja e no trabalho enquanto a depravação do pecado poluir a humanidade. Devemos lembrar, contudo, que há algo no nome do Senhor Jesus Cristo capaz diluir a hostilidade e o espírito de revanche.
Charles Spurgeon, conhecido pregador do século 19, em Londres, na Inglaterra, tinha um amigo pastor, Newman Hall, que escreveu um livro intitulado Come to Jesus (Venha a Jesus). Outro pregador publicou um artigo no qual ridicularizava Hall. Este, pacientemente, tolerou a ofensa por algum tempo. Mas, quando o ataque ganhou popularidade, Hall assentou-se e escreveu uma carta de protesto. Sua resposta estava cheia de retaliações, linguagem irônica, sarcasmo e revanche. Superava qualquer coisa no artigo que o atacava. Antes de enviar a carta, o Dr. Hall levou-a para que Spurgeon desse sua opinião.
Spurgeon leu a carta cuidadosamente e a entregou de volta a seu autor. Afirmou que era perfeita e que o autor do artigo ofensivo merecia uma resposta como aquela. “Mas”, acrescentou o grande pregador, “nela falta uma única coisa”. Depois de uma pausa, Spurgeon continuou: “Sob sua assinatura, você deve escrever as palavras ‘Autor de Venha a Jesus’”. Os dois homens se olharam por alguns minutos. Então, Hall rasgou sua carta. Aquela carta, ele entendeu, era inapropriada diante do nome de Cristo. Imprópria para o homem que escrevera um livro sobre ir a Jesus.
Você tem pessoas difíceis em sua vida? Um inimigo a quem você não pode perdoar? Alguém o difamou e o ofendeu? Você se considera um cristão e sabe do que foi perdoado por Ele? O mesmo Charles Spurgeon pregou um poderoso sermão, com o título “Cego de um Olho e Surdo de um Ouvido”. O texto foi-me enviado por um amigo, para ser traduzido, e tem sido uma bênção extraordinária para mim. Segundo Spurgeon, se o atacarem ou falarem de você, não vá atrás, não busque saber, não tire satisfação. Isso não é para seu benefício. Para Spurgeon, não devemos ver ou ouvir tudo o que falam a nosso respeito. Razão? Nós somos essencialmente piores do que tudo aquilo que puderem falar de nós. Assim, eles não estão completamente errados!
As Escolhas de Deus – Meditações Diárias 2014 – 29 de maio – Ligado na Videira
Depois, subiu ao monte e chamou os que Ele mesmo quis, e vieram para junto dEle. Então, designou doze para estarem com Ele e para os enviar a pregar. Marcos 3:13, 14
Desde o início de Seu ministério na Galileia, Jesus Cristo foi uma figura altamente controversa. Ele não observava o sábado como as celebridades religiosas. Era amigo dos pecadores. Era pouco ortodoxo com relação ao formalismo e tradições. Desconsiderou as cerimônias e superstições do sistema religioso dominante. Sistematicamente Ele expôs a religião farisaica ao ridículo, acusando seus personagens de coarem mosquitos e engolirem camelos, preocupados com ciscos, enquanto tinham a visão impedida por estacas. Repreendeu o exibicionismo dos que se desfiguravam ao jejuarem para garantir o louvor dos homens e oravam em praças públicas para serem vistos e aplaudidos.
Ao selecionar os continuadores de Sua missão, Ele não escolheu um único rabi, escriba, fariseu, saduceu, levita ou sacerdote. Os escolhidos foram retirados de ocupações simples: pescadores, camponeses e um coletor de impostos. A escolha dos doze apóstolos parece ser Seu manifesto contra o judaísmo institucional. Era sua forma de dizer que Ele não reconhecia os líderes religiosos de então. Note ainda que Ele escolheu doze, não sete, dez ou vinte. O número em si era cheio de importância simbólica. Israel, as doze tribos do passado, havia apostatado. A religião deles havia sido prostituída pelo legalismo e a arrogância do tradicionalismo, baseada em mera descendência física. A escolha dos doze era a reivindicação messiânica de Jesus. Em Sua autoridade, Ele estabeleceu um novo Israel, um novo culto e um novo concerto. Um novo reino, onde o que conta é proximidade com o Rei.
Se você visitar as catedrais da Europa ou do Canadá, terá a impressão de que os apóstolos originais eram figuras colossais, ao vê-los imortalizados nos vidros estanhados, em estátuas e pedestais, como se fossem um tipo de deus romano. Essa é a maneira como a canonização e a arte os desumanizaram. Mas a verdade é que os apóstolos originais eram pessoas comuns e perfeitamente humanas. Qual a virtude deles? Aquilo que estava no coração: integridade e sinceridade, que os agudos olhos do Mestre não deixaram de perceber. Tais apóstolos, exceto Judas, representam para nós um enorme encorajamento. Com a escolha desses “improváveis”, Jesus nos está dizendo: “Se posso trabalhar com esses, posso trabalhar com você também.”
Quem é o Seu Deus? – Meditações Diárias 2014 – 30 de maio – Ligado na Videira
Porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração. Mateus 6:21
William Temple certa vez afirmou: “Sua religião é aquilo que você pensa quando está sozinho.” Em outras palavras, o verdadeiro deus de seu coração é aquilo que ocupa seu pensamento, sem qualquer esforço, quando nada demanda sua atenção. Aquilo em que você realmente tem prazer em pensar. Com o que você se ocupa mentalmente com frequência? Com o que você sonha acordado? Sucesso? Carreira? Bens materiais, uma casa nova, um carro? Um relacionamento com uma pessoa em particular? Não creio que “sonhos” ocasionais sejam uma indicação de idolatria. É a frequência, a constância do “sonho” que conta. Pergunte a você mesmo: “Em que penso habitualmente, na privacidade de meu coração?” Qual é, realmente, o amor de seu coração? Provavelmente aí esteja seu ídolo. Outra maneira de discernir o verdadeiro amor de nosso coração é observar em que gastamos a maior parte de nosso tempo vago.
Ainda outro teste pode ser este: em que você gasta seu dinheiro? Segundo Jesus, nosso coração está onde é colocado nosso tesouro. Seu dinheiro, normalmente, flui sem muita dificuldade em direção àquilo com o que você realmente se importa, e a realidade demonstra que os cristãos modernos são tão materialistas como qualquer outra pessoa em nossa cultura. Isso deixa suas digitais no uso que fazemos do dinheiro. Segundo Paulo, se Deus e Sua graça são aquilo que você mais ama, você encontrará formas de utilizar o dinheiro em serviço solidário, altruísta (2Co 8:7-9). A maioria de nós, contudo, tende a gastar mais em roupa, amenidades preferidas ou em símbolos de status. Nosso estilo no uso do dinheiro revela o que adoramos.
Finalmente, um teste adicional de idolatria é encontrado em como as coisas espirituais realmente afetam nossos planos no nível concreto. Em sua vida, qual é o impacto daquilo em que você diz crer? Você pode afirmar que acredita no segundo advento, mas como isso afeta suas “construções” físicas e metafóricas? Muitos de nossos projetos facilmente revelam em que realmente cremos. Em muitos casos, aquilo que pregamos ou em que dizemos acreditar não exerce qualquer influência real. Mas, claro, podemos utilizar discursos ou motivações falsas para justificar a idolatria prática, seja ela pessoal ou corporativa. Mas que discurso podemos apresentar ao Deus que conhece as mais secretas intenções?
Instrumentos da Graça – Meditações Diárias 2014 – 31 de maio – Ligado na Videira
Cantou o Galo. Então, voltando-Se o Senhor, fixou os olhos em Pedro, e Pedro se lembrou da palavra do Senhor, como lhe dissera: Hoje, três vezes Me negarás, antes de cantar o galo. Lucas 22:60, 61
No contexto de Sua última noite, Jesus faz uma solene advertência ao arrogante discípulo: “Simão, Simão, eis que Satanás vos reclamou para vos peneirar como trigo! Eu, porém, roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça” (Lc 22:31, 32). O que estaria Jesus dizendo com essas palavras enigmáticas? Confuso, Pedro tenta articular uma resposta, afirmando sua lealdade, sugerindo que Cristo estava errado: “Senhor, estou pronto a ir contigo, tanto para a prisão como para a morte” (v. 33). No próximo verso, Jesus menciona a tríplice traição, antes que o galo cantasse naquela noite (v. 34).
A sequência dos eventos é rápida. Então, encontramos Pedro ao redor do fogo aceso no pátio da casa de Caifás. Distante, ele testemunha em silêncio o que fazem com o Mestre. As chamas da fogueira dançam na noite e iluminam sua face. “Este é um deles”, diz uma voz rouca. O atônito discípulo muda de lugar. O clima de morte paira no ar. Duas outras vezes ele é reconhecido. Finalmente, Pedro não apenas O nega, ele O amaldiçoa. A negação de Pedro estala na face de Cristo pior que as bofetadas de Seus inimigos.
Nesse instante, depois de mentir e amaldiçoar, quando sua torpeza e deslealdade estão consumadas, “estando ele ainda a falar” (v. 60), ouve soar nas trevas da fria madrugada o canto de um galo, como o toque de clarim longo e melancólico. Uma espada lhe atravessa a alma.
Agora observe a sequência imediata no verso 61: “Então, voltando-Se o Senhor, fixou os olhos em Pedro.” Jesus usa dois instrumentos aparentemente insignificantes para redimir o fracassado discípulo: um galo e um olhar. O galo, uma avezinha comum, teve só uma função: fazer Pedro olhar para Jesus. Pense nas circunstâncias: amarrado, com os lábios inchados, debilitado, em que pensava Ele? Em não expor Pedro. Jesus não poderia dirigir-Se a Seu discípulo ou chamá-lo. Isso significaria colocar sua vida em risco, além de evidenciar sua vergonha e traição. Nesse momento não há nenhuma palavra, apenas um olhar no qual Jesus concentra toda a graça do Universo. Aquele olhar queima Pedro por dentro. Ele sente que, embora tenha falhado, sendo vergonhosamente desleal, nada é capaz de fazer o Senhor deixar de amá-lo.
ADVERTÊNCIA AOS LOBOS QUE SE TRAVESTEM DE CORDEIROS PARA DIZIMAR O REBANHO INGÊNUO ENTRE CRISTÃOS CONSCIENTES:
ResponderExcluir(JB.1.29)- Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo: (MT.15.10)- Ouvi e entendei: (JR.11.19)– Eu era como um manso cordeiro que é levado ao matadouro; porque eu não sabia que tramavam contra mim, dizendo: (MT.10.16)– Eis que eu vos envio como ovelhas para o meio de lobos; sede, portanto, prudentes como as serpentes e símplices como as pombas: (MT.7.15) – Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores; (IS.9.16) -porque os guias deste povo são enganadores, e os que por eles são dirigidos, são devorados: (1Rs.22.17) - Vi todo o Israel disperso pelos montes, como ovelhas que não tem Pastor; (SL.78.22) – porque não creram em Deus nem confiaram na sua salvação: (AP.12.11) - Então, ouvi grande voz do céu, proclamando: (OS.4.6) - O meu povo está sendo destruído porque lhe falta conhecimento; porque tu sacerdote rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não seja sacerdote diante de mim, visto que esqueceste da lei do teu Deus, também eu esquecerei de teus filhos. (1SM.2.35) - Então suscitarei para mim um sacerdote fiel, que procederá segundo o que tenho no coração e na mente, edificar-lhe-ei uma casa estável, e andará Ele diante do meu ungido para sempre. (ML.3.18)– Então vereis outra vez a diferença entre o justo e o perverso, entre o que serve a Deus e o que não serve: (MC.6.15)- É profeta como um dos profetas, (AT.15.23) - escrevendo por mão deles: (LC.17.30) – Assim será no dia em que o Filho do Homem se manifestar: (JÓ.12.16) – Com Ele está a força e a sabedoria (RM.2.6) – que retribuirá a cada um segundo o seu procedimento. (1CO.10.12) – Aquele, pois, que pensa estar em pé, veja que não caia; (JÓ.19.25) – porque eu sei que o meu redentor vive e por fim se levantará sobre a terra: (IS.44.28) – Ele é meu Pastor e cumprirá tudo que me apraz: (HB.12.25) – Tende cuidado, não recuseis ao que fala; (EZ.18.32) – porque não tenho prazer na morte de ninguém, diz o Senhor Deus. Portanto convertei e vivei. (1PE.4.8) – Acima de tudo, porém, tende amor intenso uns para com os outros; porque o amor cobre multidão de pecados.
ADVERTÊNCIA AOS LOBOS QUE SE TRAVESTEM DE CORDEIROS PARA DIZIMAR O REBANHO INGÊNUO ENTRE CRISTÃOS CONSCIENTES:
ResponderExcluir(JB.1.29)- Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo: (MT.15.10)- Ouvi e entendei: (JR.11.19)– Eu era como um manso cordeiro que é levado ao matadouro; porque eu não sabia que tramavam contra mim, dizendo: (MT.10.16)– Eis que eu vos envio como ovelhas para o meio de lobos; sede, portanto, prudentes como as serpentes e símplices como as pombas: (MT.7.15) – Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores; (IS.9.16) -porque os guias deste povo são enganadores, e os que por eles são dirigidos, são devorados: (1Rs.22.17) - Vi todo o Israel disperso pelos montes, como ovelhas que não tem Pastor; (SL.78.22) – porque não creram em Deus nem confiaram na sua salvação: (AP.12.11) - Então, ouvi grande voz do céu, proclamando: (OS.4.6) - O meu povo está sendo destruído porque lhe falta conhecimento; porque tu sacerdote rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não seja sacerdote diante de mim, visto que esqueceste da lei do teu Deus, também eu esquecerei de teus filhos. (1SM.2.35) - Então suscitarei para mim um sacerdote fiel, que procederá segundo o que tenho no coração e na mente, edificar-lhe-ei uma casa estável, e andará Ele diante do meu ungido para sempre. (ML.3.18)– Então vereis outra vez a diferença entre o justo e o perverso, entre o que serve a Deus e o que não serve: (MC.6.15)- É profeta como um dos profetas, (AT.15.23) - escrevendo por mão deles: (LC.17.30) – Assim será no dia em que o Filho do Homem se manifestar: (JÓ.12.16) – Com Ele está a força e a sabedoria (RM.2.6) – que retribuirá a cada um segundo o seu procedimento. (1CO.10.12) – Aquele, pois, que pensa estar em pé, veja que não caia; (JÓ.19.25) – porque eu sei que o meu redentor vive e por fim se levantará sobre a terra: (IS.44.28) – Ele é meu Pastor e cumprirá tudo que me apraz: (HB.12.25) – Tende cuidado, não recuseis ao que fala; (EZ.18.32) – porque não tenho prazer na morte de ninguém, diz o Senhor Deus. Portanto convertei e vivei. (1PE.4.8) – Acima de tudo, porém, tende amor intenso uns para com os outros; porque o amor cobre multidão de pecados.